quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Sweeney Todd e Cloverfield

Nessa quarta fui ao cinema fazer uma pequena maratona de filmes, começando por Sweeney Todd e finalizando por Cloverfield - Monstro.



Sweeney Todd pra quem gosta de musical é excelente. Agradou até quem não gosta, pelo menos quem foi comigo, gostou. Um filme de Tim Burton com Johnny Depp, Helena Bonhan Carter e Alan Rickman encabeçando o elenco por si só já vale o ingresso (até o inteiro).
O visual gótico da Londres vitoriana é perfeito, o figurino impecável e a maquiagem de Johnny Depp e Helena Bonhan Carter com suas peles branco-mármore contrastando com as vestes negras causa inveja a qualquer um que tenha certa aversão ao sol. XD
Apesar das cenas fortes pra um musical, o filme tem suas partes engraçadas, a primeira aparição de Sacha Baron "Borat" Cohen na cena do desafio dos barbeiros é muito cômica, por sinal, ele é a primeira vítima do barbeiro demôniaco da rua Fleet...ehehehe spoiler pra quem não viu o filme =). Outra cena ótima é durante o 'picnic' em que Mrs. Lovett começa a cantar como será a vida deles no futuro morando na praia....hahahaha ver como a imaginaçao dela é fertil enquanto Todd fica apatico durante todo o ato apenas pensando em como matar o juiz, de longe, pra mim, é a cena mais engraçada do filme, Helena Bonhan Carter está muito engraçada nessas cenas, balançando os pézinhos sentada numa cadeira de praia na varanda e olhando com cara de Maria do Bairro pro Sr. Todd me rendeu boas gargalhadas!
Por falar nela, pra mim, Helena conseguiu roubar a cena do filme de Johnny Depp e Alan Rickman, obviamente nao pelo seu talento musical, mas porque ela consegue ser engraçada, psicótica, bonita e esquisita tudo ao mesmo tempo. Simplesmente perfeita. E também porque no final do filme pode-se notar que ela é responsável por muito mais do que apenas preparar tortas com a carne das vítimas do barbeiro. Surpresa...



Ponto negativo mesmo é o ator Jamie Campbell Bower que cantava apenas "I seeeee you, Johaaaaaanna (Eu posso sentir sua dor, Johanna. Nas legendas). AS 5 vezes que ele cantou era sempre a mesma música.
Apesar de alguns clichês, como o da velha mendiga que desde sua primeira aparição eu já sabia quem era, Sweeney Todd é um musical completo e como todo musical com certeza não vai agradar a todos, principalmente os que não aguentam ouvir diálogos cantados ou se cansa de ver as pessoas começarem a cantar do nada. Sei que sou altamente suspeito por adorar musicais, mas está altamente mais do que recomendado ao ponto de sair do cinema com um gostinho de quero mais. Sem falar que ser comparado ao Johnny Depp nos papéis de Edward, Mãos de Tesoura e Sweeney Todd, é um elogio pra mim. É, eu sou estranho mesmo. Aceito o DVD e a trilha sonora. =)



Já de Cloverfield - Monstro não posso ser tão partidário assim. Confesso que por todo falatório em cima do filme, as inteligentes campanhas de marketing, a audácia de arrancar a cabeça da Estátua da Liberdade e pelo modo que demonstra o desespero humano, eu esperava muito mais de Cloverfield.
Por falar em arrancar a cabeça da Estátua da Liberdade, artíficio que, inclusive é explorado desde as primeiras imagens do pôster, posso dizer que foi a cena mais empolgante do filme. Imaginar a cabeça desse símbolo sendo decepada, mesmo que não seja por um monstro, é como ver as Torres Gêmeas desabando pela segunda vez.
É notável pelo filme durante a primeira explosão de um prédio, que, após 11 de setembro, toda população norte-americana vive com medo. Se estourarem um estalinho de São João vão pensar que é ataque terrorista. Desculpem-me, mas não deixei de rir quando levantaram a hipótese de ser ataque terrorista ou quando supuseram que o monstro tivesse sido criado pelo próprio governo dos EUA.
Ter feito o filme com atores desconhecidos realmente foi um ponto alto, deveras deu um ar bem mais realista num filme de monstro gigante. XD Ô! Mas eu vi um rosto conhecido por lá, sim, o Travis, o carinha que chega a festa do Rob acompanhando a Beth, é um ator conhecido, ele fazia o filho da Fran Drescher na série "Living with Fran", agora não me perguntem o nome porque não lembro, se quiser saber vai procurar no Google ou presta atenção no filme e notem que é ele... quem viu a série vai saber.
O estilo do filme em si, obviamente não é inovador. Colocar a câmera em primeira pessoa com um dos atores filmando já foi feito antes em A Bruxa de Blair. Que por falar nisso, não posso dizer qual das câmeras é mais epilética, mas acho que a de Cloverfield abusou. Certas coisas simplesmente era impossivel de ver...tipo o monstro... hahahaha
Ah, falando sério agora! Sobre o Monstro: obviamente não posso deixar de falar dele. A imagem vem sendo mantida em segredo até agora, apesar de já estar circulando na internet, artes como essa, mas, pelo que eu pude ver do monstro não é muito verídica:



Infelizmente quem for ao cinema ver esperando aquela imagem completa do monstro pode ir tirando a cabeça da Estátua da Liberdade do meio da rua. O Monstro mal aparece e só aparece mais ou menos lá pro finalzinho do filme. O que posso dizer infelizmente é que ele realmente é bem feio, e realmente é muito grande, tem uma forma meio que humanóide, com braços enormes e desengonçados, o rosto é impossível de descrever, mas o estilo da boca e dos dentes parece um daqueles objetos que serve pra tirar grampos das folhas de papel. E tem uma cauda também. O monstro é bem nojento e ponto final. Dele caem outros monstrinhos, são parasitas, um pouco parecido com ele pelo que pude ver, pelo menos o formato da boca e dos dentes. o corpo e as patas lembram mais aranhas, mas realmente é difícil dizer com precisão. Sempre mostravam os monstros muito rapidamente, com aquela câmera epilética que se mexia mais que condenado na cadeira elétrica. E pior ainda, no escuro ou na visão noturna. Frustrante. Cheguei ao ponto de desejar que os Power Rangers aparececem com o megazord e acabassem logo com aquele monstro.
Não vou dizer que o filme é de todo ruim, talvez até se torne cult daqui alguns anos e gere continuações, mas o final decepcionante, também deixou um gostinho de quero mais, assim como Sweeney Todd, mas justamente por ser oposto ao musical de Tim Burton, enquanto Sweeney Todd encanta por sua beleza gótica-romântica-psicótica, Cloverfield te deixa com um gostinho de quero mais, mas por ser um daqueles filmes que acaba e você fica simplesmente ainda sentado na poltrona, com os olhos na tela, a boca a berta e as mãos espalmadas se perguntando: "Sim...? É isso? Acabou? Esse é o final? Tá de brincadeira comigo, né?!"
Filme de monstro por filme de monstro, ainda prefiro os velhos e clássicos Godzilla japoneses com seus cenários de maquete de isopor e roupa de borracha onde dá pra ver o ziper.
Enfim, era melhor ter ido ver o filme do Pelé!

2 comentários:

Ryuji disse...

poxa
semana passada eu fui no cinema mas vi 'eu sou a lenda'.. =/
eu to pensando em ir vem esses filmes aí... e tb akele caçador de pipas, sobre israel x palestinos sabe??
t+

Princesa da Quimera disse...

Ivanzinho escrevendo resenhas é o que há
*___*~
Lalala, uma luta pra abrir aqui porque a minha net tá uma droga.
Estou estudando com um primo teu... ia te contar no msn, mas não deu.