sexta-feira, 18 de junho de 2010

Sara Mago

"A vida ri-se das previsões e põe palavras onde imaginávamos silêncios, e súbitos regressos quando pensamos que não mais voltaríamos a encontrar-mos."

"As rudes gentes destas épocas que ainda mal saíram da barbárie primeva prestam tão pouca atenção aos sentimentos delicados que raras vezes lhes dão uso."

"É desta massa que nós somos feitos, metade de indiferença e metade de ruindade."

"Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara."

"A dura experiência da vida tem-nos mostrado que não é aconselhável confiar demasiado na natureza humana, em geral."

"Em verdade vos direi, em verdade vos digo, que vale mais ser romancista, ficcionista, mentiroso."

"Uma boa coisa que a ignorância tem é defender-nos dos falsos saberes."

"A voz pública é capaz de jurar o que não viu e afirmar o que não sabe."

"No fundo, há que reconhecer que a história não é apenas selectiva, é também discriminatória, só colhe da vida o que lhe interessa como material socialmente tido por histórico e despreza todo o resto, precisamente onde talvez poderia ser encontrada a verdadeira explicação dos fatos, das coisas, da puta realidade."

"Têm razão os cépticos quando afirmam que a história da humanidade é uma interminável sucessão de ocasiões perdidas."

"Se antes de cada acto nosso nos puséssemos a prever todas as consequências dele, a pensar nelas a sério, primeiro as imediatas depois as prováveis, depois as possíveis, depois as imagináveis, não chegaríamos sequer a mover-nos de onde o primeiro pensamento nos tivesse feito parar."

"Para poder chegar aonde se quer, tudo depende de onde se esteja."

"Todos temos os nossos momentos de fraqueza, ainda o que nos vale é sermos capazes de chorar, o choro muitas vezes é uma salvação, há ocasiões em que morreríamos se não chorássemos."

"As respostas não vêm sempre que são precisas, e mesmo sucede muitas vezes que ter de ficar simplesmente à espera delas é a única resposta possível."

"O certo e o errado são apenas modos diferentes de entender a nossa relação com os outros, não a que temos com nós próprios, nessa não há que fiar."

"O passado é um imenso pedregal que muitos gostariam de percorrer como se de uma autoestrada se tratasse, enquanto outros, pacientemente, vão de pedra em pedra, e as levantam, porque precisam de saber o que há por baixo delas."

"Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos."

"Guarda o que não presta, encontrarás o que é preciso."

"Provavelmente, só num mundo de cegos as coisas serão o que verdadeiramente são."

"Não é pelo aspecto da cara e pela presteza do corpo que se conhece a força do coração."

sábado, 5 de junho de 2010

Sex And The City 2

Então, fui ver Sex and The City 2. Duas vezes. Confesso que sempre tive certa relutância contra essa série por ter o tipo de pensamento de que era "série de mulher", mas comecei a assistir meio que sem querer querendo num final de semana que não tinha nada para fazer e gostei. Depois de 6 temporadas e um filme que teve um grande sucesso, chegou a continuação das novas aventuras (e desventuras) dessas gatas radicais que se metem em altas confusões para fazer você se divertir e se emocinar. *Narrador da Sessão da Tarde mode on*.
Falando sério agora.
Eu adorei o filme, uma das poucas comédias que me fez rir tanto, e olha que eu precisava. Já começa engraçado mostrando as meninas nos anos 80. Carrie parecia uma mistura de Madonna com Cyndi Lauper, Miranda toda yuppie, Charlotte patricinha comportada e Samantha, bem, Samantha.

Sim, eu sei que é uma comédia romântica, tem sexo, conversa sobre relacionamentos, casamentos, e pensamentos, e de fato tem tudo isso lá. Sex and The City tornou-se uma série icônica por desde o início falar abertamente sobre esse tipo de coisa, do ponto de vista feminino, claro. Deu voz às mulheres, mostrou a força e a determinação daquele que é considerado o sexo frágil . Sim, pode até ser mesmo uma série de mulher, afinal, é seu público alvo, mas não mataria a nenhum homem tentar conhecer e entender um pouco mais esse ser feminino tão complexo.

Voltando ao filme, o qual achei melhor do que o primeiro, se tratando do que, na minha opinião, foi o ponto forte da produção: as cenas de comédia, e em se tratando de comédia, ninguém fez melhor do que Kim Cattral.
Samantha continua a mesma, mas dessa vez aos 52 anos, tendo que lidar com problemas da menopausa garante as melhores gargalhadas em praticamente todas as cenas em que aparece, como por exemplo dançando Single Ladies com Liza Minelli (claramente toda trabalhada no Botox, mas que teve uma ótima performance), ou quando aparece usando o mesmo vestido que Miley Cyrus vestia.
Achei apenas forçado demais tanta informação sobre Abu Dhabi. Tá, o local é lindo, caro, a cara da ryqueza, mas chegou uma hora que parecia que tava assistindo a um Globo Repórter de tanto que falavam sobre o local e a cultura.

Destaco ainda a cena do karaokê, as 4 subindo ao palco e soltando a voz foi realmente um marco, para mim, uma das grandes cenas do filme.

Divertida e marcante, como a cena em que estão caminhando no deserto ao som da "nova" música tema, com suas roupas da moda esvoaçando.
Taí outro ponto em que a série sempre teve grande destaque: Moda. De grandes marcas de sapatos, a roupas de estilistas famosos ou de brechós. Tudo foi sempre muito bem ornado com classe de uma maneira única que define o estilo e personalidade de cada personagem e que tornou a série e as atrizes referências para fashionistas.
Não vou me prender muito às outras garotas, não sei porque, mas achei a Carrie mais apagadinha nesse filme, em algumas cenas Sarah Jessica Parker parecia tão "travesti". Charllote continua conservadora e meiga, mas agora tendo que lidar com estresse de criar duas filhas pequenas rende ótimas cenas, ela de pilequinho é demais. Miranda também está mais solta, mais divertida, mas ainda assim, para mim, Samantha Jones roubou o filme para si, guardou na sua Birkin e saiu dando tchauzinho dizendo "I'm Fabalous".
Então, garotas, caso você tenha bote seu Chanel, cate sua Louis Vuitton, suba no seu Manolo Blahnik e vá conferir esse filme fabuloso.
E homens, caso não gostem da série, pelo menos acompanhem, vale realmente a pena.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

(re)começo

Ou nem tanto assim...

Por quê decidi voltar com isso? Por quê (re)começar?
Primeiro, eu realmente precisava desabafar, e de certa forma ninguém lê isso aqui mesmo, nem mesmo eu leio.
Segundo, estava eu a pensar novamente no Eterno Retorno de Nietzsche. É engraçado como as coisas se desenrolam e mesmo assim voltam a um mesmo ponto. E cá estou eu de volta. Tantas novidades a contar, mas que não contarei porque seria contar mais do mesmo.
De certa forma é até bom, escrever era um talento (?!) posto de lado há um certo tempo, vamos ver se ainda consigo.
De fato, há algum tempo muitas coisas estão sendo postas de lado. E muitas coisas a falar, colocar para fora aquilo que não cabe mais dentro de mim, que mesmo não fazendo mais parte de mim nunca me pertenceram.
Mas enfim, shut up and let me go. Vamos abrir a caixinha de ferramentas, vamos apontar a metralhadora cheia de mágoas e atirar. Cometer alguns homicídios, genocídios, suicídios.
Hoje quero falar de duas coisas: Consideração e Gratidão. Ambas em falta hoje em dia. né mesmo? Muito em falta.
Não admito de forma alguma me dizerem, principalmente quem convive comigo diariamente, que não tenho consideração, quando não me convidam para comemorar seus aniversários, mas convidam alguém com quem mal fala e nem se quer convive.
Ou quando mesmo depois de inúmeros favores e abdicações ninguém reconhece que, mesmo do seu jeito, você se importa. Ou se importava.
Como um amigo meu disse agora pouco: "acho que ninguém tem mais coragem que vc numa boate
Vc dança como realmente quer e não se importa com os outros"
E como eu respondi a ele:

eu não me importo com ninguém"
E talvez isso tenha mais de uma interpretação, mesmo fora do contexto.
É como eu sempre digo: Eu já fui uma boa pessoa. Eu já fui uma pessoa.
Francamente, gratidão e consideração estão tão em falta que até me faltam palavras e eu não quero falar mais nada agora. Minha vontade e inspiração para escrever (reclamar), se foi no momento, talvez nunca mais volte. Acho que volta, sim, um dia o Eterno Retorno a trás, atrai, trai tudo de volta.
Que ótimo (re)começo.
Às vezes, os finais são melhores.
E até algumas continuações.