sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
O Umbigo e a Piranha Vermelha
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Homo sapiens...
domingo, 24 de fevereiro de 2008
Death Note
O Death Note foi jogado no mundo dos humanos pelo Shinigami (Deus da Morte) Ryuuku, que também andava entediado lá pelo mundo dos Shinigamis e resolveu "perder" o caderno na Terra só para se divertir. Desde que o caderno foi encontrado por Raito, Ryuuku tornou-se o Shinigami dele, acompanhando-o todo o tempo e servindo como uma espécie de "tutor" para Raito na utilização do Death Note. E Raito, então começa a utilizar o caderno para fazer o "bem", por assim dizer... Escrevendo nele os nomes de bandidos, corruptos e todos aqueles que fazem o mal no mundo, tentando criar assim a utopia de paz com que tanto sonha para então poder tornar-se o Deus desse novo mundo. Raito então passa a ser conhecido no mundo todo como Kira, visto por uns como um verdadeiro herói, Deus, Salvador e etc e por outros como um louco assassino serial o que leva a polícia a começar a caçar Kira sem descanso com a ajuda do maior detetive do mundo, L .
"L"
Sem dúvida nenhuma é um dos animes mais inteligentes que eu já vi. A perspicácia de Raito, "L", "M" e "N" com suas brincadeiras de gato e rato tornam a estória tensa do começo ao fim. O cerco que "L" e a polícia fazem contra Kira faz com que Raito tenha que passar o Death Note adiante por várias vezes e ainda assim conseguindo recuperá-lo graças à sua inteligência.
Tudo isso causa várias reviravoltas à trama que torna-se intrigante a cada episódio em um ritmo acelerado. Já as palhaçadas de Misa Amane dão um tom mais leve à trama que por si só já é um pouco pesada. Pesada porque, para os mais atentos podem perceber questões filosóficas (por quê ,não?) nas ações do anti-herói, Raito Yagami, o Kira.
Veja bem: o fato de você ter o poder de tirar a vida de qualquer pessoa, mesmo que saia impune, lhe dá o direito de fazer isso? Independentemente dessa pessoa ser boa ou má? Aí já entra outra questão filosófica do que vem a ser o bem e o mal, já que o conceito pode diferir de pessoa pra pessoa. Ainda há o ponto de as atitudes de Raito não serem tão nobres assim a partir do momento que ele deixa de matar os criminosos e passa a matar também aqueles que se colocam no seu caminho afim de detê-lo. Uma metáfora à onipotência de um Deus que castiga àqueles que vão contra Ele.
Em vários episódios a pressão e a emoção são tão grandes que é impossível não se arrepiar. Sou suspeito pra falar, já que tenho várias semelhanças físicas e psicológicas com o personagem principal... a começar pelo meu antigo cabelo e o desprezo pelos humanos XD.
É sobre isso, afinal, que trata o anime: Humanos. O poder que eles possuem, o poder que eles querem, o que eles são e o que querem ser e até que ponto eles podem chegar para conseguir o que desejam abrindo mão do que têm e o que são.
Ao dramático e emocionante fim do último episódio, as questões filosóficas intríssecas à trama não são respondidas, e, se fossem, não seriam questões filosóficas...E nem o sonho de Raito é concretizado, mas podemos ter duas certezas: como diria o Shinigami Ryuuku: "Humanos são...interessantes..." e como diria a Shinigami Remu: "Humanos são...desprezíveis..."
sábado, 23 de fevereiro de 2008
Por quê o frango atravessou a estrada?
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
Busca Perdida
Ao léu, pensamentos
Divagar ao relento
Em todos os momentos
De vagar ao desbravamento
Sem esmero não se alcança Eros
Feliz, triste, persiste e insiste
Naquilo que se diz
Como é mesmo?
Ah, o tal do amor
Procurado a esmo
Uma busca que cessa
Ao zero regressa
E falha na sua promessa
Derrotado por si próprio
Que virá agora?
O vício do ópio?
Algo mais além, talvez
Que seja, e seja como for
Perde-se a lucidez
Aquém ainda procura
Esse tal de amor?
Alguém?
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
sábado, 16 de fevereiro de 2008
Mistérios de Cloverfield
Eu acompanhei tudo isso na internet, coisas que, inclusive não foram mostradas no filme
e outra: é uma conspiração na vida real!
Pelo fato dos produtores terem colocado todo o filme na internet e terem feito um "filme" apenas para ser vendido!!
Pois veja bem: se você for apenas ver o filme sem saber de tudo isso, vai sair de lá como eu: frustrado e esperando muito mais além do dinheiro do ingresso de volta. E você sabendo de tudo isso nem precisa ver o filme em si. Tanto, que, todas essas informações não estão no filme. O único mistério real do filme é: "de onde veio o monstro?" E mal sabemos nós, cinéfilos puristas, que há algo muito maior que o próprio monstro por trás de tudo isso. Experiências genéticas, substâncias químicas tóxicas, Néctar do Mar, Slusho, Tagruato a 'Umbrella Corporation Japonesa'. É realmente coisa de louco!! Todas essas informações espalhadas em sites virais, perfis fakes dos personagens do filme no My Space, videos no Youtube, falsos comerciais do Slusho, falsos noticiários do mundo todo relatando a destruição da plataforma de petróleo no Japão e de embarcações japonesas, receitas preparadas com o Néctar do Mar, até mangás! E, inclusive referências a outra empresa que aparece no seriado Lost, do mesmo produtor, J.J. Abrams.
Imagens de Cloverfield - O Monstro
Miranda! - Perfecta
Conheci a música e a banda nos intervalos da programação da Sony. A música é bonitinha, grudenta até pra quem não entende o espanhol e o clip é bem divertido. Vale apena dar uma conferida. Abaixo segue a letra em espanhol e a tradução em português. Pra quem não tiver paciência de esperar o video do Youtube carregar pode ir lendo os outros posts enquanto espera, pra quem tem preguiça até disso, pode ir fazer outra coisa mais interessante, tipo ver televisão...
Tan pronto yo te vi
no pude descubrir.
El amor a primera vista no funcionó en mi
después de amarte comprendí.
Que no estaría tan mal
probar tu otra mitad.
No me importó si arruinaríamos nuestra amistad
no me importó y ya que mas da.
Eramos tan buenos amigos hasta hoy
que yo probé tu desempeño en el amor
me aproveché de que habíamos tomado tanto
te fuiste dejando y te agarré.
A pesar de saber que estaba todo mal
lo continuamos hasta juntos terminar.
Cuando caímos en lo que estaba pasando
te seguí besando y fue.
Solo tu
no necesito mas.
Te adoraría lo que dure la eternidad
debes ser perfecta para
perfecto para
perfecta para mí, mi amor
como fue que de papel cambié?
eras mi amiga y ahora eres mi mujer
debes ser perfectamente, exactamente
lo que yo siempre soñé.
El tiempo que pasó
resultó aún mejor.
Nos conocíamos de antes y sabíamos
lo que queríamos los 2.
Entonces el amor
nos tiene de rehén
Seré tu eterna enamorada y te aseguro que
todas las noches te amaré.
Eramos tan buenos amigos hasta hoy
que yo probé tu desempeño en el amor
me aproveché de que habíamos tomado tanto
te fuiste dejando y te agarré.
A pesar de saber que estaba todo mal
lo continuamos hasta juntos terminar.
cuando caímos en lo que estaba pasando
te seguí besando y fue.
Solo tu
no necesito mas.
te adoraría lo que dure la eternidad
debes ser perfecta para
perfecto para
perfecta para mí, mi amor
como fue que de papel cambié?
eras mi amiga y ahora eres mi mujer
debes ser perfectamente, exactamente
lo que yo siempre soñé.
Miranda! - Perfecta (tradução)
Perfeita
Logo quando eu te vi
Não pude descobrir
O amor à primeira vista não funciona em mim
Depois de te amar compreendi
Que não seria tão mal
Provar sua outra metade
Não me importou se arruinaríamos nossa amizade
Não me importo, não quero saber
Éramos tão bons amigos até hoje
Que eu provei seu desempenho no amor
Aproveitei que havíamos tomado tanto
Fui te deixando e te agarrei
Apesar de saber que estava tudo errado
Continuamos até juntos terminar
Quando caímos no que estava se passando
Continuei te beijando, e foi
Só você, não necessito de mais
Te adoraria o quanto dura a eternidade
Deve ser perfeita para
Perfeito para
Perfeito para mim, meu amor
Como foi que de papel troquei
Era minha amiga e agora é minha mulher
Deve ser perfeitamente, exatamente
O que eu sempre sonhei
O tempo que passou
Resultou ainda melhor
Nos conhecíamos de antes e sabíamos
O que queríamos nós dois
Então o amor
Nos tem de refém
Serei sua eterna namorada
E te asseguro que
Todas as noites te amarei
Éramos tão bons amigos até hoje
Que eu provei seu desempenho no amor
Aproveitei que havíamos tomado tanto
Fui te deixando e te agarrei
Apesar de saber que estava tudo errado
Continuamos até juntos terminar
Quando caímos no que estava se passando
Continuei te beijando, e foi
Só você, não necessito de mais
Te adoraria o quanto dura a eternidade
Deve ser perfeita para
Perfeito para
Perfeito para mim, meu amor
Como foi que de papel troquei
Era minha amiga e agora é minha mulher
Deve ser perfeitamente, exatamente
O que eu sempre sonhei
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
Sweeney Todd e Cloverfield
Sweeney Todd pra quem gosta de musical é excelente. Agradou até quem não gosta, pelo menos quem foi comigo, gostou. Um filme de Tim Burton com Johnny Depp, Helena Bonhan Carter e Alan Rickman encabeçando o elenco por si só já vale o ingresso (até o inteiro).
O visual gótico da Londres vitoriana é perfeito, o figurino impecável e a maquiagem de Johnny Depp e Helena Bonhan Carter com suas peles branco-mármore contrastando com as vestes negras causa inveja a qualquer um que tenha certa aversão ao sol. XD
Apesar das cenas fortes pra um musical, o filme tem suas partes engraçadas, a primeira aparição de Sacha Baron "Borat" Cohen na cena do desafio dos barbeiros é muito cômica, por sinal, ele é a primeira vítima do barbeiro demôniaco da rua Fleet...ehehehe spoiler pra quem não viu o filme =). Outra cena ótima é durante o 'picnic' em que Mrs. Lovett começa a cantar como será a vida deles no futuro morando na praia....hahahaha ver como a imaginaçao dela é fertil enquanto Todd fica apatico durante todo o ato apenas pensando em como matar o juiz, de longe, pra mim, é a cena mais engraçada do filme, Helena Bonhan Carter está muito engraçada nessas cenas, balançando os pézinhos sentada numa cadeira de praia na varanda e olhando com cara de Maria do Bairro pro Sr. Todd me rendeu boas gargalhadas!
Por falar nela, pra mim, Helena conseguiu roubar a cena do filme de Johnny Depp e Alan Rickman, obviamente nao pelo seu talento musical, mas porque ela consegue ser engraçada, psicótica, bonita e esquisita tudo ao mesmo tempo. Simplesmente perfeita. E também porque no final do filme pode-se notar que ela é responsável por muito mais do que apenas preparar tortas com a carne das vítimas do barbeiro. Surpresa...
Ponto negativo mesmo é o ator Jamie Campbell Bower que cantava apenas "I seeeee you, Johaaaaaanna (Eu posso sentir sua dor, Johanna. Nas legendas). AS 5 vezes que ele cantou era sempre a mesma música.
Apesar de alguns clichês, como o da velha mendiga que desde sua primeira aparição eu já sabia quem era, Sweeney Todd é um musical completo e como todo musical com certeza não vai agradar a todos, principalmente os que não aguentam ouvir diálogos cantados ou se cansa de ver as pessoas começarem a cantar do nada. Sei que sou altamente suspeito por adorar musicais, mas está altamente mais do que recomendado ao ponto de sair do cinema com um gostinho de quero mais. Sem falar que ser comparado ao Johnny Depp nos papéis de Edward, Mãos de Tesoura e Sweeney Todd, é um elogio pra mim. É, eu sou estranho mesmo. Aceito o DVD e a trilha sonora. =)
Já de Cloverfield - Monstro não posso ser tão partidário assim. Confesso que por todo falatório em cima do filme, as inteligentes campanhas de marketing, a audácia de arrancar a cabeça da Estátua da Liberdade e pelo modo que demonstra o desespero humano, eu esperava muito mais de Cloverfield.
Por falar em arrancar a cabeça da Estátua da Liberdade, artíficio que, inclusive é explorado desde as primeiras imagens do pôster, posso dizer que foi a cena mais empolgante do filme. Imaginar a cabeça desse símbolo sendo decepada, mesmo que não seja por um monstro, é como ver as Torres Gêmeas desabando pela segunda vez.
É notável pelo filme durante a primeira explosão de um prédio, que, após 11 de setembro, toda população norte-americana vive com medo. Se estourarem um estalinho de São João vão pensar que é ataque terrorista. Desculpem-me, mas não deixei de rir quando levantaram a hipótese de ser ataque terrorista ou quando supuseram que o monstro tivesse sido criado pelo próprio governo dos EUA.
Ter feito o filme com atores desconhecidos realmente foi um ponto alto, deveras deu um ar bem mais realista num filme de monstro gigante. XD Ô! Mas eu vi um rosto conhecido por lá, sim, o Travis, o carinha que chega a festa do Rob acompanhando a Beth, é um ator conhecido, ele fazia o filho da Fran Drescher na série "Living with Fran", agora não me perguntem o nome porque não lembro, se quiser saber vai procurar no Google ou presta atenção no filme e notem que é ele... quem viu a série vai saber.
O estilo do filme em si, obviamente não é inovador. Colocar a câmera em primeira pessoa com um dos atores filmando já foi feito antes em A Bruxa de Blair. Que por falar nisso, não posso dizer qual das câmeras é mais epilética, mas acho que a de Cloverfield abusou. Certas coisas simplesmente era impossivel de ver...tipo o monstro... hahahaha
Ah, falando sério agora! Sobre o Monstro: obviamente não posso deixar de falar dele. A imagem vem sendo mantida em segredo até agora, apesar de já estar circulando na internet, artes como essa, mas, pelo que eu pude ver do monstro não é muito verídica:
Infelizmente quem for ao cinema ver esperando aquela imagem completa do monstro pode ir tirando a cabeça da Estátua da Liberdade do meio da rua. O Monstro mal aparece e só aparece mais ou menos lá pro finalzinho do filme. O que posso dizer infelizmente é que ele realmente é bem feio, e realmente é muito grande, tem uma forma meio que humanóide, com braços enormes e desengonçados, o rosto é impossível de descrever, mas o estilo da boca e dos dentes parece um daqueles objetos que serve pra tirar grampos das folhas de papel. E tem uma cauda também. O monstro é bem nojento e ponto final. Dele caem outros monstrinhos, são parasitas, um pouco parecido com ele pelo que pude ver, pelo menos o formato da boca e dos dentes. o corpo e as patas lembram mais aranhas, mas realmente é difícil dizer com precisão. Sempre mostravam os monstros muito rapidamente, com aquela câmera epilética que se mexia mais que condenado na cadeira elétrica. E pior ainda, no escuro ou na visão noturna. Frustrante. Cheguei ao ponto de desejar que os Power Rangers aparececem com o megazord e acabassem logo com aquele monstro.
Não vou dizer que o filme é de todo ruim, talvez até se torne cult daqui alguns anos e gere continuações, mas o final decepcionante, também deixou um gostinho de quero mais, assim como Sweeney Todd, mas justamente por ser oposto ao musical de Tim Burton, enquanto Sweeney Todd encanta por sua beleza gótica-romântica-psicótica, Cloverfield te deixa com um gostinho de quero mais, mas por ser um daqueles filmes que acaba e você fica simplesmente ainda sentado na poltrona, com os olhos na tela, a boca a berta e as mãos espalmadas se perguntando: "Sim...? É isso? Acabou? Esse é o final? Tá de brincadeira comigo, né?!"
Filme de monstro por filme de monstro, ainda prefiro os velhos e clássicos Godzilla japoneses com seus cenários de maquete de isopor e roupa de borracha onde dá pra ver o ziper.
Enfim, era melhor ter ido ver o filme do Pelé!
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
Seiya de Pégaso V2
Meu hobbie, minha paixão, meu vício, meu orgulho e também minha falência, por que nao?
Todas as fotos postadas aqui são dos meus cloth myth, foram tiradas por mim, editadas por mim e tudo mais feito por mim...se quiserem roubar dêem os creditos a mim...
Começando pelo Seiya de Pégaso V2
Seiya de Pégaso com a armadura de ouro de Sagitário
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
Dispersão
Perdi-me dentro de mim
Porque eu era labirinto
E hoje, quando me sinto.
É com saudades de mim.
Passei pela minha vida
Um astro doido a sonhar,
Na ânsia de ultrapassar,
Nem dei pela minha vida...
Para mim é sempre ontem,
Não tenho amanhã nem hoje:
O tempo que aos outros foge
Cai sobre mim feito ontem.(O Domingo de Paris
Lembra-me o desaparecido
Que sentia comovido
Os Domingos de Paris:
Porque um domingo é família,
É bem-estar, é singeleza,
E os que olham a beleza
Não têm bem-estar nem família).
Pobre moço das ânsias...
Tu, sim, tu eras alguém!
E foi por isso também
Que me abismastes nas ânsias.
A grande ave doirada
Bateu asas para os céus
Mas fechou-se saciada
Ao ver que ganhava os céus.
Como se chora um amante,
Assim me choro a mim mesmo:
Eu fui amante inconstante
Que se traiu a si mesmo.
Não sinto o espaço que encerro
Nem as linhas que protejo:
Se me olho a um espelho, erro
Não me acho no que projeto.
Regresso dentro de mim
Mas nada me fala, nada!
Tenho a alma amortalhada,
Sequinha dentro de mim.
Não perdi a minha alma,
Fiquei com ela, perdida. Assim eu choro, da vida,
Eu nunca vi... mas recordo
A sua boca doirada
E o seu corpo esmaecido,
Em um hálito perdido
Que vem na tarde doirada.
(As minhas grandes saudades
São do que nunca enlacei.
Ai, como eu tenho saudades
Dos sonhos que sonhei!... ) E sinto que a minha morte —
Minha dispersão total —
Existe lá longe, ao norte,
Numa grande capital.
Vejo o meu último dia
Pintado em rolos de fumo,
E todo azul-de-agonia
Em sombra e além me sumo.
Ternura feita saudade,
Eu beijo as minhas mãos brancas...
Sou amor e piedade
Em face dessas mãos brancas. . .
Tristes mãos longas e lindas
Que eram feitas pr'a se dar
Ninguém mas quis apertar
Tristes mãos longas e lindas
Eu tenho pena de mim,
Pobre menino ideal...
Que me faltou afinal? Um elo? Um rastro?... Ai de mim!
Desceu-me n'alma o crepúsculo;
Eu fui alguém que passou.
Serei, mas já não me sou;
Não vivo, durmo o crepúsculo. Álcool dum sono outonal
Me penetrou vagamente
A difundir-me dormente
Em, uma bruma outonal.
Perdi a morte e a vida,
E, louco, não enlouqueço...
A hora foge vivida
Eu sigo-a, mas permaneço ...
...............................................
Castelos desmantelados,
Leões alados sem juba...
..............................................
Mário de Sá Carneiro
domingo, 3 de fevereiro de 2008
CHARMED
Esse final de semana aluguei a última temporada de Charmed e finalmente pude ver o fim dessa série que durou 8 anos.
Comecei a assistir Charmed em 1998 quando foi exibida pela Band com o título nacional de "Jovens Bruxas", desde então virei fã, mesmo depois da Band ter parado de passar.
Bem, Charmed é uma série sobre 3 irmãs que são bruxas e não 3 bruxas que são irmãs, talvez por isso tenha tido o sucesso que teve. Apesar de alguns episódios bem bobinhos e efeitos especiais mal-feitos, conseguiu ir longe justamente por ser despretenciosa, nunca quis ser mais do que era e sempre soube que seu lugar era o entretenimento. Muito imaginativa, tudo podia acontecer (e tudo acontecia mesmo).
No início a série não parecia ter um rumo definido, tanto que os vilões seguiam o manual do "vilão especialmente convidado", o quer dizer que era um vilão diferente por episódio a cada semana, sejam bruxos, demônios, ou outras criaturas mágicas; só a partir da terceira temporada que as sagas foram sendo mais elaboradas com as irmãs se deparando com um grande inimigo a cada ano, como o "Chefe", Cole, Avatares, o "Vazio", a Tríade e Billie e Christy.
Para ter durado tanto tempo, Charmed baseou-se em diversas mitologias como a Grega, a Pagã, no folclore Irlandês e Egípcio. Piper, Paige e Phoebe já se tornaram Fúrias, Valquírias, Deusas, Múmia, Sereia e talvez muitas outras coisas de que não me recordo no momento.
Mesmo com os problemas que a série enfretou, como a saída de Shannen Doherty no final da terceira temporada e a entrada de Rose McGowan como Paige, a quarta irmã Halliwell, cortes no orçamento, mudanças de horário e audiência baixa, acho que pode-se dizer que a série fez seu nome, marcou história sem dúvida nenhuma, virou um clássico como Friends, Buffy, a Feiticeira e muitas outras, tanto que até hoje ainda é reprisada pela Sony (atualmente reprisando a quinta temporada) e até hoje levanto e abro as mãos congelando e explodindo como a Piper, de longe minha preferida por causa do seu sarcasmo. XD Já forcei os olhos pra ver se movia os objetos com a mente como a Prue, já chamei o nome de algo tentando orbita-lo como a Paige, mas até hoje só consegui ter algumas visões como a Phoebe... =)
Com o fim de Charmed fica o vazio, não o vilão que elas enfrentaram, mas, o vazio, o vilão que todos nós enfrentamos ao perder algo que faz parte de nós.