sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Mãos abertas

Eu não preciso disso. Definitivamente, se tem coisa que não preciso é coisa que me faz mal. É coisa chamada gente. Gente ruim que age como coisa, gente má. Coisa ruim.
Eu já disse várias vezes, o que mais tem no mundo são pessoas para te colocar para baixo. O ruim é quando essas pessoas são aquelas que, teoricamente, deveriam te colocar para cima.
Gente que joga na tua cara não apenas teus defeitos, mas tudo que já fizeram por ti, mesmo você não tendo pedido. Sim, porque eu sou do tipo que me viro sozinho, sou do tipo que não pede nem informação em loja para não ter que depender de 'favores'. Gente que deveria te apoiar, elogiar, admirar, respeitar e não enxerga qualidades em você e ainda se junta com outras pessoas pra fazer você se sentir mais desvalorizado que uma planta.
Como posso ter autoestima me pergunto? Como posso confiar em mim, ou mesmo em qualquer outra pessoa? Bem, garanto que é muito difícil, mas se tem uma coisa que eu tenho de sobra é raiva. Alguns podem dizer que isso é um sentimento ruim, sentimento ruim é você sentir que você é ruim. A raiva me dá forças para suportar a solidão que escolhi ao me afastar de coisas que me fazem mal. Pessoas que me fazem mal. A raiva me dá força para reagir, não apenas contra essas pessoas ou situações, mas às vezes reagir até contra mim mesmo. Às vezes a raiva te ajuda a sobreviver.
Não tive mãos estendidas de formas altruístas, e agora não as quero mais. Tive mãos fechadas para receber socos. Mãos fechadas com dedos em riste para receber críticas. Tive mãos abertas para esbofetear-me a face.
Hoje, não tenho os braços abertos para o mundo. Mas tenho as mãos abertas. Não para bater, mas farei se for preciso, tenho as mãos abertas porque decidi abrir mão de tudo isso. Tudo que me faz mal, mesmo aquilo que um dia já me fez bem.
Lavo as minhas mãos. Abertas. E Adeus.

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