domingo, 2 de novembro de 2008

Eu, o Vento


Que sou calmo e violento, sou

vendaval e brisa que a mercê da vida,

às vezes sou conforto, às vezes

incômodo. Às vezes paz, às vezes

caos.


Eu, o vento, que sou incolor e frio,

sou calor e sangue, que a mercê da

vida, às vezes sou dor, às vezes

rotina. As vezes sou morte, às vezes

vida.


Eu, o vento, que sou órfão e só, sou

carinho e carente, que a mercê da

vida, às vezes sou colheita, às vezes

plantio. Às vezes sou notado, às

vezes esquecido.


Eu, o vento, que sou força e anemia,

sou opressor e vítima, que a mercê da

vida, às vezes sou vento,

simplesmente.


Mário Nhardes